sábado, 6 de dezembro de 2008

Moisés - de Homicida á PROFETA


“Transformação além da imaginação”



Moisés, nasceu como escravo, foi criado como príncipe, mas tornou-se um homicida. Sua vida começou sem esperança numa família hebréia, tornou-se bastante promissora no palácio de Faraó, e parecia encerrada aos 40 anos, quando matou um egípcio (Êx.2.12-15).


Para seus irmãos, ele já não era útil. Faraó queria prendê-lo e puni-lo. Moisés se tornou simplesmente um foragido. Contudo, o plano de Deus estava acima das circunstâncias, além de todas as opiniões e expectativas.


Moisés tornou-se pastor de ovelhas, profissão abominável para os egípcios (Gn.46.34). Enquanto conduzia seu rebanho, teve um encontro com Deus e sua vida foi radicalmente transformada (Êx.3.1-2). Iluminado pelas chamas da sarça ardente, viu uma nova perspectiva para o futuro. O Senhor lhe deu então uma missão e novo sentido para a vida. Entretanto, o próprio Moisés já não se considerava digno ou indicado para o plano divino.


Além de seu tenebroso passado, aquele homem tinha dificuldades para se expressar (Êx.4.10). Talvez fosse gago. Como poderia chegar diante de Faraó e dizer “deixa meu povo ir”? Tornar-se-ia motivo de escárnio na corte egípcia. Poderiam dizer: “O homicida gago virou advogado dos escravos”.


Por ter matado o egípcio, Moisés seria a pessoa menos indicada para voltar ao Egito com uma missão ou para trazer a Israel a ordem divina: "não matarás". Contudo, Deus escolhe os menos indicados para que a glória seja só dEle. Cristo é um tesouro guardado em vasos de barro, que somos nós, para que ninguém se distraia contemplando a beleza do recipiente.


Apesar de todos os problemas de Moisés, o plano de Deus estava traçado. Ele haveria de usar aquele homem indigno, transformando-o em um dos maiores nomes da história judaica, no mesmo nível de Abraão, Isaque e Jacó. Aquele que tinha dificuldades de comunicação tornou-se um profeta, porta-voz de Deus, um homem que conversava com o Senhor diretamente, como alguém que fala com um amigo. Após a sua morte, a bíblia diz que nunca mais houve em Israel um profeta semelhante a ele (Dt.34.10), à exceção do Senhor Jesus (At.3.22).



O ministério de Moisés foi tão grandioso que não temos como descrevê-lo em plenitude. Ele foi líder, libertador, estadista, legislador e juiz. Além de ter sido responsável pelo início da história de Israel enquanto nação, teve também a honra de começar a escrever a bíblia, sendo de sua autoria os cinco primeiros livros. Com isso, alcançou não apenas o seu povo, mas toda a humanidade. Quem poderia imaginar que o ministério de um homem pudesse ir tão longe e que seus efeitos continuariam milhares de anos após a sua morte?



Essa história nos mostra que existe esperança para todos, até para os mais desgraçados dentre os homens, pois a misericórdia divina é suficiente para alcançá-los, mesmo que estejam diante das portas do inferno. Assim como transformou água em vinho, Jesus continua transformando vidas. Ele faz com que homens criminosos se tornem cidadãos de bem, pessoas exemplares e honradas. Aqueles que não tinham qualquer utilidade diante dos olhos humanos, nem diante de seus próprios olhos, tornam-se ministros de poder nas mãos de Deus.



Para que tudo isso aconteça, é necessário um encontro com o Senhor, assim como aconteceu com Moisés. Tal experiência não será casual nem acidental, pois Jesus está sempre diante de nós aguardando sua vez de falar conosco. Ele disse: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap.3.20).






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